Ele sabia desde o início que não era amor. Era simplesmente um afeto desinibido, um olhar despudorado em forma de gente.
Ela sentia as coisas de maneira mais caótica, mais ardente, menos prudente.
Mas era com a mesma intensidade que esses dois corações se entregavam, cada um de um jeito, esperando algo diferente no final da história.
Ela sentia calor e o vento que ele soprava já não bastava, nada era suficiente, tudo estava acabando. O céu era o limite? Não, o céu era onde começava a história dos dois, era o único lugar onde eles entravam num acordo...tudo era sublime como ele queria e intenso como era vontade dela.
Palavras não matavam a sede que ela tinha de gostar dele e o silêncio dele machucava cada centímetro de devassidão que ela tinha possuía.
Foi aí que o tempo se desfez, a viagem se refez e o destino tratou de separar duas almas que um dia foram uma só. Por menos de um segundo, que durou uma eternidade....
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